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O objetivo deste blog é reunir todas as pessoas que gostem de ler e que queiram trocar experiências e impressões sobre suas preferências literárias.
 
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terça-feira, fevereiro 13, 2007


Olá amigos, como prometido a íntegra do conto carnavalesco de Clarice, segue nesse post.

Aproveitem e descubram novas coisas sobre o frevo, acessando o link enviado pela Dani:

http://www.frevo.pe.gov.br/index.html

Abraços e até mais!


Restos de Carnaval
Clarice Lispector.


Não, não deste último carnaval. Mas não sei por que este me transportou para a minha infância e para as quartas-feiras de cinzas nas ruas mortas onde esvoaçavam despojos de serpentina e confete. Uma ou outra beata com um véu cobrindo a cabeça ia à igreja, atravessando a rua tão extremamente vazia que se segue ao carnaval. Até que viesse o outro ano. E quando a festa já ia se aproximando, como explicar a agitação que me tomava? Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate. Como se as ruas e praças do Recife enfim explicassem para que tinham sido feitas. Como se vozes humanas enfim cantassem a capacidade de prazer que era secreta em mim. Carnaval era meu, meu.
No entanto, na realidade, eu dele pouco participava. Nunca tinha ido a um baile infantil, nunca me haviam fantasiado. Em compensação deixavam-me ficar até umas 11 horas da noite à porta do pé de escada do sobrado onde morávamos, olhando ávida os outros se divertirem. Duas coisas preciosas eu ganhava então e economizava-as com avareza para durarem os três dias: um lança-perfume e um saco de confete. Ah, está se tornando difícil escrever. Porque sinto como ficarei de coração escuro ao constatar que, mesmo me agregando tão pouco à alegria, eu era de tal modo sedenta que um quase nada já me tornava uma menina feliz.
E as máscaras? Eu tinha medo, mas era um medo vital e necessário porque vinha de encontro à minha mais profunda suspeita de que o rosto humano também fosse uma espécie de máscara. À porta do meu pé de escada, se um mascarado falava comigo, eu de súbito entrava no contato indispensável com o meu mundo interior, que não era feito só de duendes e príncipes encantados, mas de pessoas com o seu mistério. Até meu susto com os mascarados, pois, era essencial para mim.
Não me fantasiavam: no meio das preocupações com minha mãe doente, ninguém em casa tinha cabeça para carnaval de criança. Mas eu pedia a uma de minhas irmãs para enrolar aqueles meus cabelos lisos que me causavam tanto desgosto e tinha então a vaidade de possuir cabelos frisados pelo menos durante três dias por ano. Nesses três dias, ainda, minha irmã acedia ao meu sonho intenso de ser uma moça - eu mal podia esperar pela saída de uma infância vulnerável - e pintava minha boca de batom bem forte, passando também ruge nas minhas faces. Então eu me sentia bonita e feminina, eu escapava da meninice.
Mas houve um carnaval diferente dos outros. Tão milagroso que eu não conseguia acreditar que tanto me fosse dado, eu, que já aprendera a pedir pouco. É que a mãe de uma amiga minha resolvera fantasiar a filha e o nome da fantasia era no figurino Rosa. Para isso comprara folhas e folhas de papel crepom cor-de-rosa, com os quais, suponho, pretendia imitar as pétalas de uma flor. Boquiaberta, eu assistia pouco a pouco à fantasia tomando forma e se criando. Embora de pétalas o papel crepom nem de longe lembrasse, eu pensava seriamente que era uma das fantasias mais belas que jamais vira.
Foi quando aconteceu, por simples acaso, o inesperado: sobrou papel crepom, e muito. E a mãe de minha amiga - talvez atendendo a meu mudo apelo, ao meu mudo desespero de inveja, ou talvez por pura bondade, já que sobrara papel - resolveu fazer para mim também uma fantasia de rosa com o que restara de material. Naquele carnaval, pois, pela primeira vez na vida eu teria o que sempre quisera: ia ser outra que não eu mesma.
Até os preparativos já me deixavam tonta de felicidade. Nunca me sentira tão ocupada: minuciosamente, minha amiga e eu calculávamos tudo, embaixo da fantasia usaríamos combinação, pois se chovesse e a fantasia se derretesse pelo menos estaríamos de algum modo vestidas - àidéia de uma chuva que de repente nos deixasse, nos nossos pudores femininos de oito anos, de combinação na rua, morríamos previamente de vergonha - mas ah! Deus nos ajudaria! não choveria! Quando ao fato de minha fantasia só existir por causa das sobras de outra, engoli com alguma dor meu orgulho que sempre fora feroz, e aceitei humilde o que o destino me dava de esmola.
Mas por que exatamente aquele carnaval, o único de fantasia, teve que ser tão melancólico? De manhã cedo no domingo eu já estava de cabelos enrolados para que até de tarde o frisado pegasse bem. Mas os minutos não passavam, de tanta ansiedade. Enfim, enfim! Chegaram três horas da tarde: com cuidado para não rasgar o papel, eu me vesti de rosa.
Muitas coisas que me aconteceram tão piores que estas, eu já perdoei. No entanto essa não posso sequer entender agora: o jogo de dados de um destino é irracional? É impiedoso. Quando eu estava vestida de papel crepom todo armado, ainda com os cabelos enrolados e ainda sem batom e ruge - minha mãe de súbito piorou muito de saúde, um alvoroço repentino se criou em casa e mandaram-me comprar depressa um remédio na farmácia. Fui correndo vestida de rosa - mas o rosto ainda nu não tinha a máscara de moça que cobriria minha tão exposta vida infantil - fui correndo, correndo, perplexa, atônita, entre serpentinas, confetes e gritos de carnaval. A alegria dos outros me espantava.
Quando horas depois a atmosfera em casa acalmou-se, minha irmã me penteou e pintou-me. Mas alguma coisa tinha morrido em mim. E, como nas histórias que eu havia lido, sobre fadas que encantavam e desencantavam pessoas, eu fora desencantada; não era mais uma rosa, era de novo uma simples menina. Desci até a rua e ali de pé eu não era uma flor, era um palhaço pensativo de lábios encarnados. Na minha fome de sentir êxtase, às vezes começava a ficar alegre mas com remorso lembrava-me do estado grave de minha mãe e de novo eu morria.
Só horas depois é que veio a salvação. E se depressa agarrei-me a ela é porque tanto precisava me salvar. Um menino de uns 12 anos, o que para mim significava um rapaz, esse menino muito bonito parou diante de mim e, numa mistura de carinho, grossura, brincadeira e sensualidade, cobriu meus cabelos já lisos de confete: por um instante ficamos nos defrontando, sorrindo, sem falar. E eu então, mulherzinha de 8 anos, considerei pelo resto da noite que enfim alguém me havia reconhecido: eu era, sim, uma rosa.





in "Felicidade Clandestina" - Ed. Rocco - Rio de Janeiro, 1998

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Voltando ao blog

Olá pessoas...

Como vocês sabem, há muito tempo nada de novo aparecia por aqui, mas com a proximidade do carnaval e depois da reunião do grupo ontem, resolvemos postar alguns contos novos. Neste post segue o primeiro do Luis Fernando Veríssimo. Em seguida um link sobre Frevo e um conto de Clarice Lispector.

Divirtam-se e participem!

Abraços.

Roberta

Conto de verão nº 2: Bandeira Branca
Luís Fernando Verissimo

Ele: tirolês. Ela: odalisca; Eram de culturas muito diferentes, não podia dar certo. Mas tinham só quatro anos e se entenderam. No mundo dos quatro anos todos se entendem, de um jeito ou de outro. Em vez de dançarem, pularem e entrarem no cordão, resistiram a todos os apelos desesperados das mães e ficaram sentados no chão, fazendo um montinho de confete, serpentina e poeira, até serem arrastados para casa, sob ameaças de jamais serem levados a outro baile de Carnaval. Encontraram-se de novo no baile infantil do clube, no ano seguinte. Ele com o mesmo tirolês, agora apertado nos fundilhos, ela de egípcia. Tentaram recomeçar o montinho, mas dessa vez as mães reagiram e os dois foram obrigados a dançar, pular e entrar no cordão, sob ameaça de levarem uns tapas. Passaram o tempo todo de mãos dadas. Só no terceiro Carnaval se falaram. - Como é teu nome? - Janice. E o teu? - Píndaro. - O quê?! - Píndaro. - Que nome! Ele de legionário romano, ela de índia americana. Só no sétimo baile (pirata, chinesa) desvendaram o mistério de só se encontrarem no Carnaval e nunca se encontrarem no clube, no resto do ano. Ela morava no interior, vinha visitar uma tia no Carnaval, a tia é que era sócia. - Ah. Foi o ano em que ele preferiu ficar com a sua turma tentando encher a boca das meninas de confete, e ela ficou na mesa, brigando com a mãe, se recusando a brincar, o queixo enterrado na gola alta do vestido de imperadora. Mas quase no fim do baile, na hora do Bandeira Branca, ele veio e a puxou pelo braço, e os dois foram para o meio do salão, abraçados. E, quando se despediram, ela o beijou na face, disse -Até o Carnaval que vem- e saiu correndo. No baile do ano em que fizeram 13 anos, pela primeira vez as fantasias dos dois combinaram. Toureiro e bailarina espanhola. Formavam um casal! Beijaram-se muito, quando as mães não estavam olhando. Até na boca. Na hora da despedida, ele pediu: - Me dá alguma coisa. - O quê? - Qualquer coisa. - O leque. O leque da bailarina. Ela diria para a mãe que o tinha perdido no salão. *** No ano seguinte, ela não apareceu no baile. Ele ficou o tempo todo à procura, um havaiano desconsolado. Não sabia nem como perguntar por ela. Não conhecia a tal tia. Passara um ano inteiro pensando nela, às vezes tirando o leque do seu esconderijo para cheirá-lo, antegozando o momento de encontrá-la outra vez no baile. E ela não apareceu. Marcelão, o mau elemento da sua turma, tinha levado gim para misturar com o guaraná. Ele bebeu demais. Teve que ser carregado para casa. Acordou na sua cama sem lençol, que estava sendo lavado. O que acontecera? - Você vomitou a alma - disse a mãe. Era exatamente como se sentia. Como alguém que vomitara a alma e nunca a teria de volta. Nunca. Nem o leque tinha mais o cheiro dela. Mas, no ano seguinte, ele foi ao baile dos adultos no clube - e lá estava ela! Quinze anos. Uma moça. Peitos, tudo. Uma fantasia indefinida. - Sei lá. Bávara tropical - disse ela, rindo. Estava diferente. Não era só o corpo. Menos tímida, o riso mais alto. Contou que faltara no ano anterior porque a avó morrera, logo no Carnaval. - E aquela bailarina espanhola? - Nem me fala. E o toureiro? - Aposentado. A fantasia dele era de nada. Camisa florida, bermuda, finalmente um brasileiro. Ela estava com um grupo. Primos, amigos dos primos. Todos vagamente bávaros. Quando ela o apresentou ao grupo, alguém disse -Píndaro?!- e todos caíram na risada. Ele viu que ela estava rindo também. Deu uma desculpa e afastou-se. Foi procurar o Marcelão. O Marcelão anunciara que levaria várias garrafas presas nas pernas, escondidas sob as calças da fantasia de sultão. O Marcelão tinha o que ele precisava para encher o buraco deixado pela alma. Quinze anos, pensou ele, e já estou perdendo todas as ilusões da vida, começando pelo Carnaval. Não devo chegar aos 30, pelo menos não inteiro. Passou todo o baile encostado numa coluna adornada, bebendo o guaraná clandestino do Marcelão, vendo ela passar abraçada com uma sucessão de primos e amigos de primos, principalmente um halterofilista, certamente burro, talvez até criminoso, que reduzira sua fantasia a um par de calças curtas de couro. Pensou em dizer alguma coisa, mas só o que lhe ocorreu dizer foi -pelo menos o meu tirolês era autêntico- e desistiu. Mas, quando a banda começou a tocar Bandeira Branca e ele se dirigiu para a saída, tonto e amargurado, sentiu que alguém o pegava pela mão, virou-se e era ela. Era ela, meu Deus, puxando-o para o salão. Ela enlaçando-o com os dois braços para dançarem assim, ela dizendo -não vale, você cresceu mais do que eu- e encostando a cabeça no seu ombro. Ela encostando a cabeça no seu ombro. *** Encontraram-se de novo 15 anos depois. Aliás, neste Carnaval. Por acaso, num aeroporto. Ela desembarcando, a caminho do interior, para visitar a mãe. Ele embarcando para encontrar os filhos no Rio. Ela disse -quase não reconheci você sem fantasias-. Ele custou a reconhecê-la. Ela estava gorda, nunca a reconheceria, muito menos de bailarina espanhola. A última coisa que ele lhe dissera fora -preciso te dizer uma coisa-, e ela dissera -no Carnaval que vem, no Carnaval que vem- e no Carnaval seguinte ela não aparecera, ela nunca mais aparecera. Explicou que o pai tinha sido transferido para outro estado, sabe como é, Banco do Brasil, e como ela não tinha o endereço dele, como não sabia nem o sobrenome dele e, mesmo, não teria onde tomar nota na fantasia de falsa bávara- - O que você ia me dizer, no outro Carnaval? - perguntou ela. - Esqueci - mentiu ele. Trocaram informações. Os dois casaram, mas ele já se separou. Os filhos dele moram no Rio, com a mãe. Ela, o marido e a filha moram em Curitiba, o marido também é do Banco do Brasil- E a todas essas ele pensando: digo ou não digo que aquele foi o momento mais feliz da minha vida, Bandeira Branca, a cabeça dela no meu ombro, e que todo o resto da minha vida será apenas o resto da minha vida? E ela pensando: como é mesmo o nome dele? Péricles. Será Péricles? Ele: digo ou não digo que não cheguei mesmo inteiro aos 30, e que ainda tenho o leque? Ela: Petrarco. Pôncio. Ptolomeu.



quarta-feira, julho 05, 2006

Poema da Cora Coralina

Olá a todos. Parece que o primeiro encontro do nosso clube de leitura foi animado.
Para quem não pôde ir segue o poema da fabulosa Cora Coralina. Divirtam-se.



Assim eu vejo a vida

A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.



quarta-feira, junho 28, 2006

"O poder do foco"

Olá pessoas, tudo bem?

O Fernando leu recentemente o livro "O poder do foco"(Editora Best Seller, 384 pgs, R$39,90) e gentilmente escreveu um pequeno resumo sobre o livro e a utilidade prática que ele oferece. O livro foi escrito a partir das estratégias - que ganham vida em narrativas curtas e divertidas, e relatos inspiradores - reunidas por três consultores empresariais que, graças ao poder do foco, souberam usar sua experiência para mudar a vida de indivíduos e empresas. De acordo com o resumo do Fernando o que chama a atenção é a simplicidade e a recorrência das idéias passadas. Cada capítulo termina com exercícios práticos e leva o leitor a refletir, entre outras coisas, sobre os maus hábitos e a concentração de talentos naturais.
O livro ainda dá uma receita didática de como construir metas e na seqüência, explica com bons exemplos, a idéia de equilibramos a vida, (o que, a princípio, pode parecer óbvio, mas temos dificuldades em praticar), desenvolvermos o "fator confiança" e aprendermos a pedir.
Fica o convite à leitura e à discussão e o agradecimento à colaboração do Fernando.



segunda-feira, junho 26, 2006

Conto "Conselho de mãe" de Luis Fernando Veríssimo

Apresentaremos uma das muitas divertidas crônicas de Luís Fernando Veríssimo. Escritor e também jornalista, Veríssimo nasceu na cidade de Porto alegre, em 1936. Foi alfabetizado nos Estados Unidos, onde viveu com a família até seus sete anos, quando voltou ao Brasil. Sua estréia na literatura se dá em 1973 com o livro de crônicas "O Popular". Daí não parou mais: hoje o filho do consagrado escritor Érico Veríssimo tem mais de quarenta títulos publicados. É colaborador de importantes jornais, como Zero Hora, O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil. Na televisão forneceu material para a famosa série "Comédias da Vida Privada", e foi redator do "TV Pirata", entre outros trabalhos. Como humorista, Veríssimo desenha nos quadrinhos a personagem Ed Mort. O autor é conhecido e admirado por suas obras repletas de humor.
"Conselho de mãe" é uma interessante e contemporânea crônica do autor, de leitura fácil e agradável. A mãe argumenta com a filha recém casada sobre o que acredita ser fundamental para manter um casamento próspero e feliz nos dias de hoje. O texto é carregado de humor do início ao fim. Boa leitura!
O link para o conto



quarta-feira, junho 14, 2006

Conto "Amor" de Clarice Lispector.

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." Clarice Lispector.

Falaremos um pouco sobre Clarice Lispector. Ela foi sem dúvida uma das autoras mais importantes do país. Começou a escrever desde muito cedo, sua primeira obra, escrita em forma de peça de teatro (Pobre Menina Rica), foi produzida aos 10 anos. De lá para cá, Clarice não parou mais e dedicou sua vida a escrever contos, crônicas, romances e livros infantis. Advogada, foi redatora e teve várias colunas em diversos jornais da época. Sagaz e sensível, seus contos e romances são capazes de sintetizar as sensações e os anseios de seus leitores. Clarice faz do lugar comum, do sentimento comum e da vida cotidiana, o cenário perfeito para a concretização do sentimento e da angústia. Vale a pena ressaltar a capacidade que a autora tem de partir de elementos corriqueiros e fazer uma série de reflexões e afirmações, muitas vezes desencadeadas pelo momento epifânico ( elemento ou momento que desencadeiam mudanças bruscas no desenrolar da trama), e tão presentes na complexidade sombria de todos nós. Essa vivacidade e essa verdade impregnadas em suas obras transparece numa entrevista a José Castelo, na época jornalista do "O Globo": Clarice quando questionada sobre o porquê escrevia, responde com outra afirmação:

C.L. "— Vou lhe responder com outra pergunta: — Por que você bebe água?"J.C. "— Por que bebo água? Porque tenho sede."C.L. "— Quer dizer que você bebe água para não morrer. Pois é, eu também: escrevo para me manter viva."

O "Entrelinhas" selecionou, a fim de demonstrar um pouco da grandiosidade e da magia, dessa escritora um conto denominado "Amor". O link para o conto a seguir é: http://www.releituras.com/clispector_menu.asp.

No conto, Ana é uma mulher comum, como tantas outras mulheres comuns, que sai para cumprir as tarefas cotidianas, as quais garantem sua existência e utilidade, quando o momento epifânico vem e murcha as falsas florescências da útil dona de casa fazendo com que ela já não possa mais ser a mesma. Divirtam-se. Estamos aguardando suas impressões!



quinta-feira, junho 08, 2006

Aquecendo a interação

Olá pessoas, oficialmente nosso blog passa a funcionar hoje. Ele funcionará da seguinte maneira: periodicamente serão postados textos de autores diversos. Os textos são seguidos de pequenos comentários sobre o autor e sobre a obra que estará sendo comentada. O espaço é livre para gêneros diversos, por isso, se você quiser sugerir uma obra ou um autor, basta enviar um e-mail para nossa lista de discussão, que providenciaremos um post. Isso também vale caso o autor seja você, daí seria ótimo também poder conhecer o trabalho individual de cada um. Esperamos vocês por aqui. Abraços e bom divertimento!
Equipe Entrelinhas.